Eram meados de 2004. A Rede Record surpreendia o país com a grande estréia do remake "A Escrava Isaura". Foram oito meses suficientes para que os brasileiros adotassem a Rede Record como uma segunda opção de qualidade na televisão brasileira.
Termina-se "A Escrava Isaura", começa "Essas Mulheres". Não foi o mesmo sucesso, mas teve uma audiência muito superior aos folhetins que antecederam "A Escrava Isaura".
Logo em seguida surge "Prova de Amor", este sim, um sucesso que balançou as estruturas da concorrência, conquistando liderança parcial diária.
Seguiu o sucesso até a decisão ousada de fazer uma segunda temporada de uma mesma novela. Ainda não contentes, resolveram fazer uma terceira versão. A resposta do pública não podia ser outra. O ibope despencou, provocando um desgaste total na dramaturgia da emissora.
Em 2009 passou-se a fazer remakes de novelas mexicanas. A primeira demorou cinco meses para cair no gosto do público.
O segundo horário de novelas não durou muito. Tentou-se até um terceiro, mas não decolou.
Hoje a Rede Record exibe suas novelas depois que acaba o folhetim das oito da Globo, ou seja, na faixa das dez e meia da noite.
Para uma emissora que almeja a liderança, o mínimo que deve se fazer é uma reforma geral na grade, colocando a dramaturgia como cartão de visitas.